- a relação entre desenvolvimento económico e desenvolvimento e aplicação das tecnologias em educação;
- as diferença entre reconhecimento do avanço da tecnologia e aplicação dessa tecnologia no ensino;
- uma utilização sobretudo técnica das TIC por parte dos professores;
- a necessidade de revolucionar / alterar as práticas de ensino e de recorrer às TIC de forma mais criativa.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
TIC em contexto escolar
Blogs educativos
O software para criação de blogs é variado e as possibilidades de dotá-los de conteúdos áudio e vídeo são promissoras. Há mesmo sites que se dedicam exclusivamente ao ensino apoiado na oralidade. É o caso de Learning Through Listening. Nota mental: analisar com cuidado se este site é inovador, ver que recursos TIC utiliza e como os utiliza. Talvez possa adoptar alguns no meu próprio blog educativo.
Além das referências da incontornável Wikipédia, alguns blogs educativos a merecer mais visitas são: Educação 2.0 e Internet e Web na Educação.
sábado, 29 de dezembro de 2007
Como estruturei o The Spot?
Pensei este site sobretudo a partir de cinco áreas de relevância linguística no ensino tradicional do inglês: gramática, vocabulário, oralidade, leitura e escrita. Depois fui progressivamente alargando o âmbito do site a conteúdos temáticos relevantes para a minha e para outras disciplinas.
Onde me fundamentei?
Do ponto de vista disciplinar, no programa, no currículo da disciplina de Inglês, e na minha maneira de pensar e de dar as aulas, logo, em práticas tradicionalmente behavioristas e bastante prescritivas. Aproveitei o domínio e as minhas aprendizagens no domínio das TIC. Li sobre como escrever para a Internet e sobre construção de sites. Aprendi a trabalhar com o FrontPage.
Como melhorar? Como produzir um interface de apoio ao ensino do Inglês melhor e mais indutor de aprendizagens significativas?
Para ser adequada, moderna, e sobretudo se ambicionar ser indutora, estruturante, e mais do que pontual, deverei apoiar a minha integração curricular das TIC em modelos pedagógicos construtivistas e promotores de aprendizagens significativas. Deverei dar particular atenção a ferramentas e tarefas que promovam e tirem partido da interactividade.
Um interface de apoio ao ensino do Inglês pode emergir do currículo, aqui entendido como o programa disciplinar de Inglês, os seus conteúdos e pressupostos para o desenvolvimento de competências. Mas não pode limitar-se ao currículo, nem a domínios ou conteúdos linguísticos.
Aspectos a ter em linha de conta:
- aprendizagens significativas
- como se aprende
- design (de sites educativos)
- dinâmicas de grupo
- elaboração, estruturação e avaliação de porfolios de aprendizagem
- ferramentas promotoras de interactividade
- indicadores de qualidade de sites educativos
- navegabilidade
- trabalho colaborativo
- trabalho de projecto
- web 2.0
- ...
Tarefa importante: listar e sistematizar neste blog o que já li e já pesquisei sobre estes e outros assuntos.
The Spot
A princípio não usei logo o FrontPage, comecei por alojar os conteúdos e a estruturar o site a partir de modelos pré-estruturados num servidor gratuito da web. Não demorei muito a dar-me por insatisfeita: a estrutura e a edição desse espaço era restritiva, demorada e muitas vezes perdia o que fazia. Em poucos meses resolvi realojar a página e ser eu a fazê-la de raiz.
Tinha alunos que diziam que o Inglês era difícil e que sentiam falta de um apoio flexível no tempo, de espaço, um apoio a que pudessem recorrer para tirar uma dúvida de gramática, para escrever, para aprender a interpretar o que liam e o que ouviam.
Já tive oportunidade de reconhecer as limitações desta minha ousadia: o The Spot suscitou alguma curiosidade inicial, os alunos até escreveram e publicaram trabalhos nele, alguns até trocavam emails regularmente comigo. Mas à semelhança do que acontece com os professores (supostamente mais info atentos) só uma pequena percentagem dos alunos aderiu ao The Spot.
Eles participaram na selecção de temas, foram consultados sobre a navegabilidade do site, mas não construiriam o site, eles mesmos. Esse trabalho foi meu. Isto é: aquele espaço, pensado para eles, não foi pensado com eles. Apareceu do nada, de surpresa, já estruturado e eu não soube como levá-los a apropriarem-se dele e a encará-lo como seu.
Por outro lado, o The Spot teve o mérito de aliar o meu interesse pelas TIC, à disciplina de Inglês, às aulas que na altura dava e aos alunos que então tinha. Fazer isto com poucos ou nenhuns fundamentos teóricos de design e sem ler um pouco sobre os modelos pedagógicos emergentes, sei-o agora, foi pouco sensato. Mas foi sem dúvida uma primeira forma de integração curricular das TIC.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
IC TIC - A Proposta Inicial
Contributos para a Integração Curricular de uma Determinada Tecnologia
Tema: Interfaces de apoio ao ensino-aprendizagem de Inglês
Em 2003, após uma fase de diagnóstico e umas horas de conversa, criei uma página na Internet a pensar nas dificuldades, apetências e capacidades que os meus alunos de 9º ano da altura me transmitiram. Um dos principais objectivos inerentes à criação da página foi reunir recursos em inglês relacionado com o currículo desta disciplina de consulta intuitiva, gratuita e permanentemente disponível, e também fazer a ponte com outras áreas temáticas. Outros objectivos foram: estimular e desenvolver competências nesta disciplina, nomeadamente ouvir, ler produzir texto e interpretar conteúdos (orais e escritos); ajudar a (re)aprender, a rever e a praticar ou a utilizar vocabulário de diversas áreas temáticas; facilitar o estudo de estruturas gramaticais recorrentemente trabalhadas nas aulas, e estimular o seu treino de forma autónoma e variada. Outras preocupações na concepção da página: incluir e estimular contributos dos alunos, bem como a interacção entre alunos e deles para comigo, razão de ser do fórum e do e-mail da página.
Este produto da tecnologia nasceu para ser um e-learning formativo e complementar às aulas presenciais, um blended learning informal. Visava: contribuir para uma pedagogia diferenciada, incentivar e potenciar a aprendizagem do Inglês, desenvolver o gosto pela língua inglesa, melhorar e aumentar níveis de desempenho e de proficiência.
Mas a cristalização da página demonstra que o mais fácil foi criá-la, recolher, validar e organizar os seus conteúdos. Tudo o resto foi pouco conseguido, nomeadamente, levar os alunos a usar o fórum e a interagir para, por exemplo, tirarem dúvidas ou partilharem saberes no âmbito da disciplina. Faziam-no on-line comigo ou entre eles, mas não naquele ambiente electrónico.
Considerando a experiência já descrita (sobretudo o que falhou) e aproveitando a oportunidade deste trabalho, o que me proponho fazer é repensar essa página à luz das tecnologias e das potencialidades da web 2.0. e tentar produzir uma interface que permita apoiar a disciplina de Inglês.
Talvez o(s) formato(s) electrónico(s) ou tecnologia(s) que melhor se adequa(em) aos objectivos já mencionados seja(m) uma plataforma LMS ou uma página .html. A ser a última terá que agregar ferramentas de exploração e produção de conteúdos. Em qualquer dos casos deverá ser um ambiente didacticamente mais lúcido e, sobretudo, mais estimulante no que toca à proposta de tarefas a executar pelos alunos ou visitantes. E não poderá ser de utilização facultativa… sob pena de os alunos se limitarem a passar por lá sem deixar a sua marca ou o seu contributo, ou de só uma pequena percentagem o fazer.
Deste estudo, poderá resultar um ambiente de trabalho que promova melhor (do que a primeira tentativa) o desenvolvimento de competências de interpretação e produção oral e escrita no âmbito da disciplina de Inglês. E que leve de facto à consolidação de saberes significativos, à construção e à partilha de aprendizagens, à participação activa dos intervenientes (alunos e professores) e à troca de instrumentos de estudo e de trabalho.
Repensar as TIC
Não se trata de me lamuriar. Trata-se de exprimir claramente e sem pudor dois factos que me têm preocupado bastante e marcado a forma como tenho vivido este mestrado. Não se pode negar que um e outro podem ser constrangedores quando perspectivamos projectos de trabalho e de investigação no âmbito do mestrado e possibilidades concretas de integração curricular das TIC. Não há entusiasmo ou perseverança que valham por si mesmos perante comunidades escolares que funcionam por vezes mais como forças de bloqueio e em que as lideranças existem mas não acolhem prontamente e de bom grado quem tenta implementar as TIC ou estratégias de ensino diferentes. Estas considerações levar-nos-iam por mais reflexões que não vêm agora a propósito. Não elaborarei sobre elas agora.
Quais têm sido afinal os fios condutores para a Integração Curricular das TIC na minha prática lectiva? Basicamente, pesquisa, selecção e apropriação de conteúdos a par de uma exploração pontual das TIC como apoio ao ensino do Inglês. Será suficiente?
O que até hoje fiz com as TIC tem o mérito de ter sido feito espontaneamente e por gosto, mas peca por, apesar de exploratório e bem intencionado, ter sido precário e falível, aleatório e desinformado. Foi a primeira coisa que aprendi com o mestrado.
Ora em educação não se conseguem resultados instantâneos. Nada se faz em três tempos, sem um planeamento amadurecido, sem estar em harmonia e devidamente integrado num projecto curricular de escola, e sem orientações pedagógicas que informem e estruturem a nossa prática lectiva.
Ensinar é muitas coisas, entre elas acercarmo-nos dos outros, seduzi-los até, dialogar e interagir. Não me parece que fazer documentos word bem formatados, powerpoints bem sintetizados ou reunir meia dúzia de links numa página web prenda ninguém por muito tempo.
Por outro lado também não parece ser verdade que alguém aprenda muito por si só, a menos que seja alguém muitíssimo motivado e interessado em determinado assunto.
Será portanto necessário repensar as TIC: será preciso uma boa dose de estímulo e motivação extrínsecas, alguma curiosidade inerente a quem está para aprender, e muita da alquimia e da sedução aparentemente fáceis que só muito estudo e reflexão em TIC, com as TIC e para as TIC poderão proporcionar.
Deverei portanto orientar as minhas leituras, pesquisas e explorações para as seguintes questões:
- Como se fazem bons conteúdos TIC para as aulas de Inglês afinal?
- Com que ferramentas?
- O que poderá "prender" ou pelo menos "vincular" os alunos?
- Como poderei integrar com sucesso ferramentas da web 2.0 na minha prática lectiva?
- Saberei produzir podcasts?
- Saberei conceber um blogcourse? Será que isto existe? Será exequível?
- Poderei pôr isto em prática ainda este ano, aproveitando a turma do ensino nocturno?
Ter em conta as seguintes orientações da professora Isabel Chagas quando comentou o meu trabalho individual:
Pode usar podcasts e outros recursos que me parece serem apropriados para pôr os meninos a falar, ler, ouvir e escrever Inglês. Creio que o blog pela sua simplicidade pode ser também atraente. Porque não envolve os alunos na construção deste interface? Eles têm ideias sensacionais e são muito críticos.
Um dos aspectos essenciais para a criação de recursos que sejam usados pelos alunos e pelos professores é assentarem em princípios pedagógicos consistentes.
Em suma, para repensar a sua página, sugiro que:
- Pesquise o que a investigação diz acerca do uso das TIC nas línguas, em particular o inglês.
- Reveja modelos pedagógicos actuais de ensino e aprendizagem do Inglês.
- Discuta possíveis situações de aprendizagem que possam ajustar-se às exigências curriculares desta disciplina.
- Crie um protótipo da interface, se for exequivel ou então uma actividade inovadora que tire partido dos recursos tecnológicos que está a usar.
Blogfolio
Posteriormente foi-nos formalmente pedido que construíssemos um portfolio. Nele deveríamos e poderíamos:
- registar as nossas reflexões, ideias e interrogações
- dar a conhecer o que de mais significativo já fizemos e estamos a fazer com as TIC
- espelhar a nossa prática de professores integradores das TIC nas nossas aulas
- reunir e dar a ler as nossas pesquisas, leituras e (esboços de) projectos
- interrogar e começar a estruturar o nosso percurso de mestrandos
- começar a perspectivar-nos e a encarar-nos como investigadores em educação
- procurar e construir as bases da nossa investigação
- exercitar a escrita de / para investigação em educação
O portfolio que agora se inicia deverá converter-se num produto que espelhe o meu processo de aprendizagem e de incursão pedagogicamente orientada pelas TIC. Não só para as investigar, mas também para as aplicar activa e interactivamente, no curso de mestrado e nas minhas aulas.
Espero que me seja perdoada a liberdade de escrever na primeira pessoa, mas o formato que escolhi, o blog, a isso convida e isso permite. Ao longo do curso de mestrado, teria muita dificuldade em escrever coerentemente na terceira pessoa e mais dificuldade ainda em conseguir cumprir os objectivos que já enumerei. Procurarei ser criteriosa e não perdê-los de vista.
Além de registo e construção dos meu processos de aprendizagem em e de integração curricular das mesmas, este blogfolio não deixa de ser também a minha primeira incursão didacticamente reflectida por uma tecnologia da Web 2.0.
Com esta aventura espero aprender a explorar ferramentas da web 2.0 que me ajudem a esboçar ou mesmo a concretizar uma interface de apoio ao ensino do Inglês, aproveitando a orientação que me foi dada.
Nota final (e subversão da autora): apesar de criado para a disciplina de Integração Curricular das TIC, este blogfolio está a ser concebido, como o seu URL indica, como um portfolio de mestrado. Assim, fará a ponte para outras disciplinas deste curso, entrará em diálogo com elas e, será um elemento verdadeiramente agregador de conhecimento e estruturante do trabalho desenvolvido e a desenvolver com e a partir do curso de mestrado em TIC e Educação.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
E se fosse um blog...?
Na verdade sempre achei que isto dos blogs era uma actividade de gente desocupada, virada para o próprio umbigo, ou de escritores frustrados que, à falta de editor, se vingavam na net e escrevinhavam coisas mais ou menos confessionais, ou mais ou menos desbragadas.
E havia também o caso das figuras públicas, políticos, pensadores ou meros oportunistas que viam no blog a sua oportunidade de exprimir e dar a ler o que de outra forma não poderiam a propósito de tudo e de nada, como e quando bem entendessem. Mas eis que numa aula de mestrado me vi confrontada a possibilidade, se não mesmo com a contingência, de ter de produzir um blog com fins estritamente formativos e investigativos, e até pedagógicos.
"Então e se a sua possibilidade de interface de apoio ao ensino de Inglês fosse um blog? Então e se envolvesse os alunos nessa produção? Afinal, eles são muito criativos..."
Pois... Confesso que torci um pouco o nariz à ideia. Mas como também pouco ou nada sabia sobre os blogs, a não ser que eram uma espécie de diário ou registo digital, fui ver o que por aí se fazia com os blogs para a Educação, a Investigação e o ensino do Inglês, que é o que mais me interessa. Sem dúvida que um blog tem potencialidades. O que ainda não sei é se se adequa ao que pretendo fazer. Ou melhor: se serei capaz de tirar o melhor partido desta tecnologia. Mas hoje tive algum tempo para explorar algumas coisas que vejo associadas aos blogs e que me acho capaz de usar com e para os meus alunos.
Por exemplo os podcasts. A avaliar pelo que vi e ouvi no Teacher Tube, talvez seja capaz de os produzir. Já não preciso restringir-me ao que vem nos CDs dos manuais, posso gravar conteúdos fundamentais de cada aula que um aluno perca e colocá-los online para que os ouça, explore e trabalhe. Mas como também já sei, estas possibilidades, ou melhor estas blogsibilities, não passam para já disso mesmo: possibilidades, potencialidades ao alcance de um blog. Mas será que consigo mesmo fazer o que mais me interessa, produzir conteúdos? A ver vamos.
Para já dou o braço a torcer e exploro estes novos terrenos. E eis que me junto aos demais web loggers.