O The Spot nasceu em Setembro de 2003, numa altura em que já tinha frequentado algumas acções de formação em TIC e estava com muita vontade de explorar as potencialidades da Internet, os seus recursos, o que outros colegas meus já tinham reunido e produzido, apropriar-me disso, reformular e conceber algo eu própria em FrontPage, uma ferramenta que nunca tinha utilizado, mas que me pareceu ser qualquer coisa como um processador de texto para a Internet.
A princípio não usei logo o FrontPage, comecei por alojar os conteúdos e a estruturar o site a partir de modelos pré-estruturados num servidor gratuito da web. Não demorei muito a dar-me por insatisfeita: a estrutura e a edição desse espaço era restritiva, demorada e muitas vezes perdia o que fazia. Em poucos meses resolvi realojar a página e ser eu a fazê-la de raiz.
Tinha alunos que diziam que o Inglês era difícil e que sentiam falta de um apoio flexível no tempo, de espaço, um apoio a que pudessem recorrer para tirar uma dúvida de gramática, para escrever, para aprender a interpretar o que liam e o que ouviam.
Já tive oportunidade de reconhecer as limitações desta minha ousadia: o The Spot suscitou alguma curiosidade inicial, os alunos até escreveram e publicaram trabalhos nele, alguns até trocavam emails regularmente comigo. Mas à semelhança do que acontece com os professores (supostamente mais info atentos) só uma pequena percentagem dos alunos aderiu ao The Spot.
Eles participaram na selecção de temas, foram consultados sobre a navegabilidade do site, mas não construiriam o site, eles mesmos. Esse trabalho foi meu. Isto é: aquele espaço, pensado para eles, não foi pensado com eles. Apareceu do nada, de surpresa, já estruturado e eu não soube como levá-los a apropriarem-se dele e a encará-lo como seu.
Por outro lado, o The Spot teve o mérito de aliar o meu interesse pelas TIC, à disciplina de Inglês, às aulas que na altura dava e aos alunos que então tinha. Fazer isto com poucos ou nenhuns fundamentos teóricos de design e sem ler um pouco sobre os modelos pedagógicos emergentes, sei-o agora, foi pouco sensato. Mas foi sem dúvida uma primeira forma de integração curricular das TIC.
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