(Re)Pensar um interface de apoio às minhas aulas de Inglês, implica conhecer os modelos pedagógicos que formaram e informaram os meus professores e a minha própria formação enquanto professora, e colocá-los lado a lado com as ferramentas digitais disponíveis e com as tendências pedagógicas emergentes.
Em que modelos se tem vindo a apoiar o ensino do Inglês em Portugal? Quais os métodos pedagógicos seguidos pela generalidade dos professores?
De um modo geral os modelos que informaram as práticas lectivas até aos anos 90 em Portugual, têm sido modelos behavioristas / estruturalistas. No tocante ao ensino do Inglês, estes modelos promoveram pedagogias que favoreceram o estudo de uma língua como um sistema passível de ser decomposto e analisado nos seus elementos mais simples, diluíndo-se o carácter fluído e comunicativo deste objecto de estudo.
Em Portugal as abordagens behavioristas/estruturalistas permearam bastante a propria formação de professores. Por sua vez, os professores implementam e passam a apoiar-se numa pedagogia dita científica para aferir e avaliar o processo de ensino-aprendizagem. Consequentemente, a pedagogia por objectivos ainda hoje se faz sentir nas nossas escolas. Apesar de já terem entrado no jargão educativo o trabalho de projecto, o trabalho colaborativo e o desenvolvimento de competências, ainda se fazem muitos dos métodos pedagógicos usados nas aulas de língua inglesa ainda são audio-orais, audio-visuais. A estrutura das aulas é ainda muito tradional e virada para os produtos e para as quantificações das aprendizagens, mais do que para (a construção dos) processos e para o desenvolvimento de competências.
Referências Bibliográficas:
Sousa, M. C. (2001). Ensinar inglês hoje: O desafio da mudança. Inovação, 14(1-2), 91-110.
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