terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Divulgação e partilha

Para me familiarizar com esta ferramenta, comecei por construir um blog privado para a disciplina de IC TIC. Depois divulguei-o junto da Professora Isabel Chagas e submeti-o à sua avaliação, e em seguida dei acesso às colegas têm trabalhado em comigo noutros projectos.

Cerca de um mês após o início desta aventura, depois de experiências, formatações e reflexões várias, é altura de divulgá-lo aos meus pares e a todos os que se interessarem por estes temas.

Tendo procurado reflectir sobre as TIC e suas possibilidades de integração curricular, esforçando-me por deixar aqui a minha impressão digital, e tendo feito deste porfolio um espaço de reflexão e análise pessoal mas alargado ao mestrado de TIC e da Educação, faltava-me partilhá-lo convosco, e submeter-me à vossa apreciação e aos vossos comentários. Por isso torno público este TIC e Educação.

Aguardarei os vossos contributos e agradeço antecipadamente o vosso tempo (sei que é curto e precioso) e tudo o que possam ensinar-me. É bem verdade, de resto, que (graças ao que vou lendo no meduc) muito tenho aprendido convosco, ainda que nunca vo-lo tenha dito.

Esclarecimento sobre o termo blogfolio

É fascinante o que se aprende com a partilha de instrumentos de reflexão, nomeadamente com a partilha dos portfolios.

Ao espreitar os e-portfolios dos colegas, à medida que os vão divulgando, tenho encontrado ferramentas que desconhecia e cheias de possibilidades para a integração curricular: por exemplo o Multiply (1, 2) ou o KeeBook Creator (1, 2, 3).

Obrigada, José Paulo! Obrigada, Maria Elvira!

E foi precisamente a ver estes e-portfolios que deparei com um precioso blog, que eu já tinha visto na altura da sua divulgação no meduc e que por lapso não adicionei aos meus favoritos. Nesse blog, desenvolve-se e explora-se o conceito de blogfolio. E esse conceito deve ter ficado no meu subconsciente, pois recorri ao termo blogfolio para definir este portfolio e uso-o várias vezes.

Sem qualquer intenção de plágio, esclareço e reponho a verdade dos factos: o conceito é usado por mim, mas não é meu! É usado por João Maria Grilo no seu blog sobre blogfolios, que foi divulgado por Vicência Maio no meduc, em Novembro de 2007.

Assim sendo, aproveito para corrigir a síntese deste meu portfolio, apresentada há dois dias.

Onde se lê "ousando mesmo cunhar o termo blogfolio" passa a ler-se a partir de agora: "ousando mesmo recorrer ao termo blogfolio (Grilo, 2005)".

domingo, 13 de janeiro de 2008

Síntese do Portfolio Individual

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Curso de Mestrado em TIC em Educação


Disciplina: Integração Curricular das TIC


Docente: Professora Doutora Maria Isabel Chagas


Resumo: Nesta síntese, numa primeira parte, fundamenta-se recurso ao blog como instrumento organizador de portfolio de aprendizagem, expõem-se o contexto e os objectivos inerentes à elaboração do portfolio individual e o que se ganhou com a sua construção. Numa segunda parte, dão-se a conhecer as amplitudes temporais e temáticas deste blogfolio. Numa terceira parte, remete-se o leitor para uma selecção de reflexões, instrumentos e produtos de estudo contidas no portfolio que poderão espelhar linhas de investigação e processos de reflexão e de aprendizagem decorrentes da frequência das aulas de Integração curricular das TIC.


Blogfolio: contexto, objectivos e mais-valias

Para construir e organizar um portfolio para a disciplina de Integração Curricular das TIC (ICTIC), procurei um formato digital que tornasse transparente o processo de investigação, de reflexão e de aprendizagem e que permitisse apresentar alguns frutos dessa aprendizagem. Por um lado, há muito que sentia a necessidade de escrever para reter algumas ideias e interrogações que as aulas de um me suscitavam. Não só as aulas de ICTIC como as das restantes disciplinas do curso de mestrado. Por outro lado, era importante poder reunir e processar informação, mas também constituir um dossier de estudos que pudesse a todo o momento revisitar, actualizar, complementar e anotar.

Foi neste contexto e graças as estas solicitações e desideratos que acabei por me familiarizar com o blog e usar essa ferramenta para estruturar o meu portfolio individual (Fonseca, 2007), ousando mesmo recorrer ao termo blogfolio para o definir (Grilo, 2005). Em rigor, a sugestão de exploração do blog surgiu no âmbito desta disciplina mas a propósito do Trabalho Individual. Ao repensar uma primeira tentativa de integração curricular das TIC na minha prática lectiva iniciada em 2003, fui confrontada com a hipótese de construir um blog. Mas como explorar e tentar integrar uma ferramenta que se desconhece? Impunha-se, antes de mais, familiarizar-me com ela.

Embora haja software próprio para produção de portfolios digitais, organizar um portfolio de estudo pareceu-me ser uma boa oportunidade de explorar o blog a título individual. De resto, há quem defenda que a exploração e implementação do blog para desenvolvimento de aprendizagens e competências profissionais passam precisamente por essa primeira esfera: a da experimentação pessoal (Karrer, 2007). Por outro lado, as características do blog, permitiam de forma quase intuitiva, dinâmica e colaborativa concretizar os meus objectivos de produção escrita reflexiva, arquivo, reformulação para já não dizer de integração numa rede social de aprendizagem e de investigação.

Decorridas algumas semanas de trabalho, de processamento e de organização de linhas de investigação, posso afirmar que têm sido muito proveitosos o estudo e as reflexões suscitados quer pela construção do portfolio individual de aprendizagem quer pela exploração do blog enquanto ferramenta de organização e apresentação dessa aprendizagem. Porquê? Eis algumas das vantagens que me proporciona o blogfolio:


- estimular a pesquisa e a investigação no domínio da integração curricular das TIC;
- desbloquear e estimular a escrita para e sobre esse domínio;
- escrever, editar e reformular conceitos, ideias e projectos online;
- submeter as minhas reflexões, interrogações e projectos à aferição, à avaliação e ao comentário de especialistas e/ou de quem me avalia;
- associar facilmente sites, blogs, documentos e ferramentas relevantes para as minhas linhas de estudo;
- respeitar a lógica de um porfolio de aprendizagem, pela organização quer cronológica quer temática das reflexões, documentos, recursos e outras ferramentas do blogfolio;
- explorar e familiarizar-me com o blog enquanto suporte e ferramenta digital, conhecer as virtualidades e restrições,
- usá-lo e a esta experiência para (re)formular o meu contributo para a integração curricular das TIC.

Procurarei em seguida dar conta da amplitude temporal e da amplitude temática deste portfolio individual.


Amplitude temporal e temática deste Blogfolio

O que começou por ser uma tarefa de construção de um dossier pessoal de aprendizagens no âmbito da disciplina de ICTIC depressa ganhou outras proporções. Primeiro porque, entrando em diálogo com as outras disciplinas de mestrado, o este portfolio pode ser usado como instrumento de estudo e de investigação para todas elas; daí o seu URL, o seu título e subtítulo. Segundo porque, assumindo a forma de blog, serve para aferição, manipulação e validação de uma ferramenta digital. Ou seja constitui-se como experiência prévia à implementação de um blog educativo de apoio à disciplina que lecciono, o Inglês. Terceiro, porque nele estão contidos os fundamentos, o esboço e a estrutura dessa edutopia[1]; isto é, à forma como tentarei conceber esse blog educativo e integrá-lo na minha prática lectiva e assim caminhar para um modelo de ensino aprendizagem mais colaborativo e mais construtivista.

Consequentemente, a amplitude temporal do meu portfolio individual vai muito para lá do da disciplina de ICTIC[2]. Logo, este portfolio está longe de estar terminado pois ainda agora começou e deverá manter-se ao longo do curso de mestrado como elemento estruturante e aglutinador de linhas temáticas, de projectos e produtos de estudo e de trabalho.

Qual o âmbito temático do portfolio? Em termos restritos e até agora, o porfolio tem-se dedicado sobretudo a ICTIC, enquanto disciplina de mestrado e enquanto preocupação da minha prática docente, mas em breve alargará de forma explícita a sua temática para outras áreas. Entretanto alguns dos temas abordados têm sido:


- modelos educativos;
- a Web 2.0;
- os blogs educativos;
- a integração destes nas aulas de Inglês;
- o conceito de edutopia e a construção de pressupostos para a minha própria edutopia;
- a implementação do Blogsibilities uma primeira abordagem à integração curricular de um blog educativo nas minhas aulas;
- ferramentas e tecnologias para complementar e enriquecer o Blogsibilities, promotoras de aprendizagens autónomas e do desenvolvimento de competências de interpretação e produção oral e escrita.


Reflexões e projectos decorrentes da disciplina de ICTIC

Segue-se uma selecção de hiperligações para algumas reflexões contidas no meu portfolio individual que poderão espelhar o meu percurso de reflexão e aprendizagem no âmbito desta disciplina de mestrado:


Edutopia
Blogsibilities (1), (2), (3), (4), (5)
Podcasts


Referências:

Fonseca, A. M. (19 de Dezembro de 2007). TIC e Educação. Reflexões, interrogações e possibilidades decorrentes do curso de mestrado. Obtido em 13 de Janeiro de 2008, de http://portfoliodemestrado.blogspot.com/
Grilo, J. M. (Abril de 2005). Blogfolios. Obtido em 15 de Janeiro de 2008, de http://blogfolios.blogspot.com/
http://www.edutopia.org/techintegration. (s.d.). Obtido de Edutopia: http://www.edutopia.org/index.phpKarrer, T. (Setembro de 2007). Technology. Blog. T + D , pp. 20-22.

Notas da Síntese do Portfolio Individual

[1] Edutopia é um termo que remete para um site com o mesmo nome e para o conceito de integração curricular inovadora e construtivista das TIC no ensino(http://www.edutopia.org/techintegration). Aproveitei o conceito para desenvolver um conjunto de reflexões para o meu contributo de ICTIC.

[2] Disse-o em Blogfolio, uma das minhas primeiras reflexões.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Rotisserie

Ora aqui está um termo gastronómico aplicado às TIC... Coisa nunca antes vista...

Encontrei este conceito de interacção e relacionação de interveções em fóruns de discussão enquanto lia sobre software social e a sua aplicação na educação. Foi o projecto H2O que avançou com esta novidade. Ao pesquisar sobre o que era afinal rotisserie, dei com esta fonte.

Aqui se fala de algo que tenho verificado desde que estou inscrita no meduc: a predominância de alguns contributos em certos fóruns.

The basic concept of the threaded messaging board is to enable broadcast-to-broadcast communication among a group of people, meaning that every participant in the conversation receives every post from every other participant. This mode of discussion inevitably leads to the domination of the discussion by a few very verbal participants and silence by the lurking majority.


E se define tão curioso termo, rematando com a apologia do trabalho colaborativo e por projecto ou interesses de discussão:

The Rotisserie implements an innovative approach to online discussion that encourages measured, thoughtful discourse in a way that that traditional threaded messaging systems do not. (...) The basic concept of the threaded messaging board is to enable broadcast-to-broadcast communication among a group of people, meaning that every participant in the conversation receives every post from every other participant. This mode of discussion inevitably leads to the domination of the discussion by a few very verbal participants and silence by the lurking majority. The Rotisserie breaks this mode by assigning every post within the conversation to another, specific participant for response. The resulting conversation guarantees that every post will be responded to by at least one other participant and that every participant must respond directly to the post of another participant.

Rotisseries are organized into projects, which are loosely analogous to courses, but usually less formal. Some projects are open to all users, some are open to applications from all users, and some are invitation-only. Every rotisserie belongs to a specific project, and the typical rotisserie uses the participants of its parent project as its participants, though it will be possible to include individual users and even entire other projects in the participant list of a rotisserie.

Anyone can create a project. (...)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Blogsibilities (4)

Bom... está lançada junto dos meus alunos uma alternativa ao The Spot.

Há dois dias apresentei-lhes o Blogsibilities. Já adicionei alguns como utilizadores. Outros ainda não têm email, ou se o têm não se lembravam dele... Estou a minutos de lhes ir dar outra aula.

Já estou a repensar a planificação dos módulos integrando esta ferramenta. Só os pequenos entraves à integração desta tecnologia davam um longo post. Mas não tenho tempo para isso nem posso dar-me ao luxo de "filosofar" sobre todas as coisinhas que me frustram ou irritam solenemente.

Tenho muitas pontas soltas que preciso unir com urgência, e falta-me tempo. O tempo escoa-se a uma velocidade estúpida por entre mil e uma tarefinhas desinteressantes que nada têm a ver com ensinar e aprender. O contraponto, e positivo!, é que me sinto mais segura do que faço neste domínio, e permanentemente curiosa em ler e saber mais para saber fazer mais e melhor.

Podcasting

Estou exultante! Encontrei um software gratuito, o WildVoice Studio, que permite fazer gravações e guardá-las em formato .wav ou .mp3. É intuitivo, não requer nada de especial a não ser um microfone ou um computador com um já incorporado. Depois é possível arquivar o ficheiros de som com toda a naturalidade.

Como tirar partido disto para aulas de língua? Que coisas se podem fazer?

  • gravar voz (instruções, diálogos, etc.)
  • facultar aos alunos o software e convidá-los a gravar-se e a ouvir-se
  • alojar os podcasts audio na web, hiperligá-los a entradas de um blog educativo e assim dinamizar / propor actividades no âmbito da Língua Inglesa
Em que tipo de ensino?

  • ensino a distância assíncrono orientado pelo professor, por exemplo

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Blogsibilities (3)

O blog destinado a ser o fruto do trabalho individual de IC TIC terá o nome de Blogsibilities.

Arrisco a que seja difícil de fixar ou a que cause estranheza e a que por isso as pessoas não adiram. Mas se assim for posso sempre rebaptizar o blog... e reestimular a utilização do mesmo.

Blogsibilities deseja ser um nome auspicioso e positivo, e provavelmente original, pois não o vi em lado algum, nem me apareceu nas pesquisas que fiz online...

Há dois trocadilhos na origem deste baptismo. Primeiro, uma apropriação e aglutinação duas palavras inglesas, blog e possibilities. Este nome, sendo uma apropriação e uma liberdade linguística muito discutíveis, é uma piscadela de olho aos princípios pedagógicos da criatividade e do construtivismo que eu gostaria que informassem a concepção e a integração curricular deste blog educativo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

A Web e o ensino do Inglês

Neste artigo discutem-se os prós e os contras da web e fala-se da Internet como meio privilegiado para a aprendizagem e a interacção em língua estrangeira (em inglês). A autora, Vera Menezes, apresenta também vários recursos disponíveis online, incluindo cursos e projectos colaborativos.

A reler com atenção.

Esta pesquisa deu-me a conhecer mais referências, da mesma autora e em co-autoria, que podem vir a ser úteis para IC TIC nas aulas de Inglês.

Blogsibilities (2)

Reler atentamente "blog", em wikipedia, e o artigo Blogging: personal participation in public knowledge building on the web. Contextualizar este artigo com as aulas de Formação a Distância e e Learning e com HCI entendida como Human-Computer Interaction e Human-Computer Interface, também de wikipedia.

Ponderar esta grelha comparativa de blogs. O Blogger (suporte para este blogfolio) não permite a subcategorias. Subcategorizar poderia ser uma mais-valia por ajudar a organizar o blog por temas, discussões, grupos ou actividades.

Para perceber na prática as potencialidades ou não de blogs mais sofisticados, fiz hoje duas experiências no WordPress: a título experimental (e para ter uma "cópia de segurança" online) exportei este blog para o wordpress e criei um outro para explorar dentro em breve com alunos e colegas lá na escola.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Como é que se aprende?

Ler Technology to Support Learning, capítulo 9 da obra de referência indicada pela Professora Guilhermina Miranda: Bransford, J. D., Brown, A. L., & Cocking, R. R. (1999). How people learn: brain, mind, experience, and school. New York: The National Academies Press. Disponível na íntegra online.

Edutopia (6)

Não somos obrigados a eliminar de todo alguns elementos (pré-)estruturados. Eles podem ajudar os utilizadores deste interface digital a adquirir e/ou aperfeiçoar conhecimentos que lhes permitam executar as tarefas ou actividades propostas.

Não será de todo errado considerar que os elementos pré-estruturados e mais expositivos podem ajudar a construir ou a consolidar conhecimentos prévios, necessários à construção de conhecimentos significativos. Ao redigir este ponto penso concretamente num sem número de RED criados para o domínio de conteúdos no âmbito da gramática, do vocabulário, da produção e interpretação oral e escrita (vejam-se os RED seleccionados para o The Spot). Devemos nós bani-los apenas porque vamos privilegiar ou dar mais relevo às interacções e intervenções dos alunos? Ou não será mais sensato e útil integrá-los em benefício e ao serviço da construção de conhecimentos e da execução de tarefas devidamente contextualizadas?

Edutopia (5)

Devemos também escolher algumas ferramentas ou tecnologias digitais que permitam aos alunos integrar os contextos, apropriar-se dos conteúdos, e executar as tarefas intuitiva e colaborativamente.

Graças à evolução das tecnologias Web 1.0 é possível tirar partido de tecnologias que privilegiam a comunicação em rede e o trabalho colaborativo síncrono e assíncrono, e ampliar e complementar o espaço e as actividades lectivas. Tendo isto em conta, algumas das ferramentas digitais da Web 2.0 mais massificadas - software para instant messaging, para a produção de web logs ou blogs, e podcasts, bem como outro software social para partilha e troca de informação online - estão a ser muito usadas em educação.Estas tecnologias que começam a permear o ensino moderno e a influenciar a motivação, o envolvimento, a formação e a evolução sócio-educativa de alunos e professores caracterizam-se por erem amplamente usadas noutros domínios, que não o educativo e por serem também user friendly. Podemos considerá-las ferramentas digitais tangíveis e familiares, porque ou já são usadas no âmbito pessoal ou do entretenimento virtual, ou porque há delas um conhecimento prévio. Claro que esse conhecimento prévio pode ser superficial, não ser mais do que saber que tais recursos existem e ter uma vaga noção de para que servem. Mas até isso pode ajudar na integração e na utilização educativa do email, do instant messaging ou de um blog. Trata-se de ferramentas digitais intuitivas na medida em que não exigem grandes conhecimentos técnicos; quem as usa não tem de ser um especialista em TIC. Trata-se ainda de ferramentas bastante democráticas, pois, desde que ultrapassados alguns factores sócio-económicos, havendo incentivos e procedendo-se à valorização da escola e do ensino, essas ferramentas podem dar espaço e visibilidade a muitos, ainda que o não dêem a todos.

Edutopia (4)

... há que conceber os contextos, os conteúdos e as respectivas actividades / tarefas.

Escolhida uma tecnologia há que explicar aos alunos as razões para a sua integração curricular. Em que termos? Será bom que a apresentemos significativa e contextualizadamente, e como uma mais valia.

Tentarei antecipar e responder a algumas questões relacionadas com a opção por esta tecnologia digital e com a sua implementação nas aulas de Inglês imaginando-me em diálogo com os alunos que irão trabalhar com esta ferramenta.

Um blog porquê?
  • Porque pode ser muito fácil e prático;
  • Porque podem cumprir algumas tarefas fora do espaço e do tempo da aula;
  • Porque podem trabalhar conteúdos sem se restringirem ao manual e dispor de recursos diferentes dos que a escola e o espaço da aula disponibilizam;
  • Porque podem desenvolver competências noutros domínios e áreas de conhecimento;
  • Porque poderão comunicar comigo, entre eles e como outros.
Para quê?

Para complementar as aulas:
  • Para consultarem informações úteis relacionadas com a disciplina (planificações, critérios de avaliação, datas importantes, entre outras);
  • Para os manter a par das actividades e dos conteúdos das aulas, nomeadamente quando faltam (o que foi frequente no 1º período);

Para comunicar, diversificar e criar:

  • Para poderem comentar, tirar dúvidas, acrescentar informação, participar e interagir comigo e entre si, mesmo fora do espaço e do tempo da aula;
  • Para diversificar a construção do seu processo de aprendizagem, comentando, respondendo a questões, explorando recursos e conteúdos áudio e vídeo;
  • Para que possam criar e divulgar os seus próprios conteúdos;

Para a construção de processos e de produtos de aprendizagem:

  • Para que possam elaborar o seu portfolio;
  • Para lhes possibilitar a execução de tarefas de remediação.

Para facilitar a pedagogia diferenciada:

  • Para um acompanhamento mais personalizado, em função das dificuldades, capacidades e até preferências digitais de cada aluno.

Com base em quê?

Parece legítimo criar actividades e tarefas fundamentadas:
  • nos temas dos módulos de Inglês Continuação
  • em elementos do funcionamento da língua;
  • nas competências a desenvolver no âmbito do currículo disciplinar.

mas abertas aos contributos e às sugestões da turma.

Edutopia (3)

Para que não volte a reduzir-se a uma experimentação bem intencionada mas efémera, esta alternativa digital deve ser pensada a longo prazo e continuamente actualizada e reajustada, tirar partido das ferramentas digitais da web 2.0, e ter por base a criação de contextos e a execução de actividades ou tarefas específicas que possam sustentar a interpretação e a comunicação oral e escrita em língua inglesa por parte dos alunos.

O ensino de uma Língua Estrangeira (LE), sobretudo, quando tratando-se de uma língua franca como o Inglês, ensinado e estudado à escala mundial por uma maioria de falantes não nativos, pode ser amplamente complementado, incentivado e enriquecido com ferramentas digitais favorecedoras do desenvolvimento de competências (skills) de interpretação e produção oral e escrita.

Neste estádio da minha edutopia, parece-me razoável encarar um blog educativo como uma alternativa ao The Spot e um melhor contributo para a integração curricular (IC) de uma tecnologia.

Este contributo certamente não perderá de vista os objectivos pedagógicos do The Spot, enunciados nos dois parágrafos da minha proposta inicial. Mas poderá revitalizar e corporizar o meu ideal digital de apoio, incentivo e acompanhamento ao ensino do Inglês.

Passo a explicitar esta edutopia:

  1. Exequível. Há software para produção de blogs gratuito e com outras ferramentas digitais já incluídas ou inclusíveis. Do ponto de vista técnico e a avaliar pelos passos dados com este blogfolio, um blog é rápido e fácil de criar.
  2. Didacticamente mais lúcida. São inerentes à produção e à manutenção deste blog educativo pesquisa sobre: aplicações pedagógicas desta ferramenta; experiências com blogs educativos feitas em Portugal e noutros países, no ensino das línguas e noutras áreas de ensino; boas práticas a ter e a promover enquanto blogger e enquanto produtora de conteúdos educativos; design de RED; formas de IC TIC no âmbito do ensino de Inglês (LE).
  3. Experimental mas consequente. Deverá criar contextos e actividades relacionadas com o currículo disciplinar que estimulem e fundamentem a participação dos seus utilizadores.
  4. Indutora de comunicação, colaboração e construção (os 3Cs). Comunicação para, com e (deseja-se) entre os meus alunos. Colaboração com e entre eles. Construção para e dos seus conhecimentos e competências em Inglês LE. Numa fase inicial o blog terá como interlocutores unicamente os meus alunos, sendo depois progressivamente aberto a outros visitantes e contributos. Não pretendo criar um reduto educativamente fechado, apenas entendo que é preciso tempo para introdução e experimentação da tecnologia antes de abri-la a outros participantes. Será também solicitada a colaboração dos alunos na concepção do próprio blog.
  5. Em permanente construção e actualização. Do ponto de vista da produção e gestão de conteúdos, parte da tecnologia blog organizar os seus posts por data, sendo possível agrupá-los por temas graças a ferramentas de tagging ou atribuição de etiquetas.

Edutopia (2)

Criar uma alternativa actual e pedagogicamente lúcida ao The Spot, implica reflectir sobre os meus primeiros passos e preocupações enquanto professora produtora de conteúdos digitais, mas sobretudo reflectir sobre as diferenças ou sobre a evolução que houve da web 1.0 para a web 2.0.

A este propósito eis uma boa enunciação das diferenças entre web 1.0 e web 2.0, intitulada web 2.0 vs web 1.0. Consideremos esta tabela-síntese comparativa dos descritores ou características enunciadas para um e outro estadio da rede:



Mas não nos fiquemos pela supremacia da web 2.0, há quem a veja criticamente.

Podemos tentar transpor esta reflexão crítica e comparativa para formas de IC TIC que já tentámos concretizar.

Retomar esta linha de pensamento relacionando-a com
  • as características do The Spot,
  • a desejável evolução da IC TIC
  • aspectos do Plano Tecnológico na Educação

Edutopia (1)

(Re)Pensar um interface de apoio às minhas aulas de Inglês, implica conhecer os modelos pedagógicos que formaram e informaram os meus professores e a minha própria formação enquanto professora, e colocá-los lado a lado com as ferramentas digitais disponíveis e com as tendências pedagógicas emergentes.

Em que modelos se tem vindo a apoiar o ensino do Inglês em Portugal? Quais os métodos pedagógicos seguidos pela generalidade dos professores?

De um modo geral os modelos que informaram as práticas lectivas até aos anos 90 em Portugual, têm sido modelos behavioristas / estruturalistas. No tocante ao ensino do Inglês, estes modelos promoveram pedagogias que favoreceram o estudo de uma língua como um sistema passível de ser decomposto e analisado nos seus elementos mais simples, diluíndo-se o carácter fluído e comunicativo deste objecto de estudo.
Em Portugal as abordagens behavioristas/estruturalistas permearam bastante a propria formação de professores. Por sua vez, os professores implementam e passam a apoiar-se numa pedagogia dita científica para aferir e avaliar o processo de ensino-aprendizagem. Consequentemente, a pedagogia por objectivos ainda hoje se faz sentir nas nossas escolas. Apesar de já terem entrado no jargão educativo o trabalho de projecto, o trabalho colaborativo e o desenvolvimento de competências, ainda se fazem muitos dos métodos pedagógicos usados nas aulas de língua inglesa ainda são audio-orais, audio-visuais. A estrutura das aulas é ainda muito tradional e virada para os produtos e para as quantificações das aprendizagens, mais do que para (a construção dos) processos e para o desenvolvimento de competências.



Referências Bibliográficas:

Sousa, M. C. (2001). Ensinar inglês hoje: O desafio da mudança. Inovação, 14(1-2), 91-110.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Portfolio

Referências Biliográficas:

Bernardes, C. & Miranda, F. B. (2003). Portefólio: Uma escola de competências (1.ª ed.). Lisboa: Porto Editora.

Considerar também a bibliografia disponível no CIE.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Edutopia

Além de ser uma das disciplinas de mestrado em TIC e Educação, a integração curricular das TIC (IC TIC) nas minhas aulas tem sido uma preocupação recorrente a merecer agora particular atenção.

Serve esta página do blogfolio para reflectir sobre inovação em educação e principalmente sobre como poderei concretizar a IC TIC a partir de Janeiro de 2008. De igual modo, servem estas reflexões para sintetizar ideias passíveis de explorar no trabalho individual de IC TIC (Trab IC TIC).

Feitas algumas leituras, eis as linhas orientadoras que considero importantes para a construção de um projecto de ensino do Inglês apoiado na integração das TIC, para a minha própria edutopia:

  1. (Re)Pensar um interface de apoio às minhas aulas de Inglês, implica conhecer os modelos pedagógicos que formaram e informaram os meus professores e a minha própria formação enquanto professora, e colocá-los lado a lado com as ferramentas digitais disponíveis e com as tendências pedagógicas emergentes.
  2. Criar uma alternativa actual e pedagogicamente lúcida ao The Spot, implica rever os meus primeiros passos e preocupações enquanto professora produtora de conteúdos digitais, mas sobretudo reflectir sobre as diferenças ou sobre a evolução que houve da Web 1.0 para a Web 2.0.
  3. Para que não volte a reduzir-se a uma experimentação bem intencionada mas efémera, esta alternativa digital deve ser pensada a longo prazo e continuamente actualizada e reajustada, tirar partido das ferramentas digitais da Web 2.0, e ter por base a criação de contextos e a execução de actividades ou tarefas específicas que possam sustentar a interpretação e a comunicação oral e escrita em língua inglesa por parte dos alunos.
  4. Posto isto, há que conceber os contextos, os conteúdos e as respectivas actividades / tarefas.
  5. Devemos também escolher algumas ferramentas ou tecnologias digitais que permitam aos alunos integrar os contextos, apropriar-se dos conteúdos, e executar as tarefas intuitiva e colaborativamente.
  6. Não somos obrigados a eliminar de todo alguns elementos (pré-)estruturados. Eles podem ajudar os utilizadores deste interface digital a adquirir e/ou aperfeiçoar conhecimentos que lhes permitam executar as tarefas ou actividades propostas.

Por fim, devemos não esquecer que:

  • proceder a uma integração curricular das TIC implica rever o papel do professor, alterar a forma como são dadas as aulas, ponderar a flexibilidade de construção curricular e complementaridade ou interferência que as TIC podem trazer à tradicional prática lectiva;
  • em educação nada é perene tudo se transforma ou desactualiza, um pressuposto que as TIC apenas aceleram;
  • tudo o que imaginamos hoje pode e deve ser concretizado, revisto e aperfeiçoado amanhã;
  • a conteúdos educativos de qualidade, digitais ou não, devem subjacer estudo / investigação, perseverança, espírito crítico, colaboração inter pares, espaços e tempos para pilotagem ou experimentação prévia do que se cria;
  • o que se faz em educação e/ou para os nossos alunos (e colegas professores) não será entendido e trabalhado da mesma forma ou da forma que desejaríamos por (todos) eles, mas é bom que seja produzido, colaborativamente, solicitando-os a todos e envolvendo o maior número possível deles.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Blogsibilities (1)

Em resposta ao comentário de 31 de Dezembro...

Estou a esboçar um blog (que agregarei a a este blogfolio) para os alunos que agora tenho. Estou neste momento a ler mais sobre software social para perceber como concretizar este projecto da melhor maneira. A este propósito encontrei um sítio com bastante informação, organizado sobre a forma de... blog. Será bom admitir que estou inclinada para este formato, apesar de insegura e relutante. Já deambulei pelo ma.gnolia, onde, graças ao José Paulo Santos, já tenho um pequeno espaço para experiências, já ponderei plataformas LMS (Moodle, Dokeos, Joomla!, entre outras), mas não me parecem ser fáceis ou rápidas de dominar. E para já impõe-se uma gestão realista dos factores esforço-produção esclarecida de conteúdos, em que a tecnologia não seja um entrave, e praticamente não se sinta.
No caso actual, estarei a trabalhar para / com alunos adultos, e tendo em conta o programa que o Curso Profissional me / nos impõe não sei se será possível pô-los a contar uma história. Mas será certamente possível (e é meu objectivo) levá-los a escrever colaborativamente a partir de e/ou sobre os temas dos módulos que me faltam leccionar.
Por outro lado, há dois alunos nesta mesma turma que têm um módulo em atraso. Para eles estou a pensar criar um espaço no blog educativo com conteúdos e tarefas específicas que ambos deverão cumprir online (pelo menos parte delas). Seguidas as orientações dadas no blog e cumpridas as tarefas por parte destes alunos, considerar-se-ia feito o módulo em falta, pelo menos na sua maior parte.
Para melhor se compreenderem as opções que venha a fazer nesse blog, dedicarei uma página do blogfolio ao perfil desta turma. Ponderarei as possibilidades e os constrangimentos relativamente ao uso que possam fazer do blog em função do que já conheço dos alunos e do que já os sondei em termos de utilização das TIC (e da tecnologia que dominam e de que dispõem em casa na escola). Terei o cuidade de explicitar o enquadramento curricular da disciplina de Inglês destes alunos. Poderei também elucidar sobre a apetência que têm por esta disciplina, a motivação e o empenho que têm revelado pela frequência da mesma, bem como sobre o domínio que têm dela.
É também necessário relacionar fundamentadamente todos estes aspectos com a proposta que avancei para o trabalho individual, com o eixo conteúdos do Plano Tecnológico da Educação, cujos objectivos são, além da promoção dos porfolios digitais, «Aumentar a produção, distribuição e utilização de conteúdos pedagógicos em suporte digital (exercícios, sebenta electrónica)». Ver Resolução do Conselho de Ministros n.º 137/2007, nomeadamente os pontos 3. e 3.2. Além destas relações, não estão esquecidas outras leituras que a seu tempo explicitarei.